A chamada Teoria da Terra Oca consiste basicamente na ideia de que o nosso planeta possui um interior vazio e habitável.Um dos maiores defensores da Teoria da Terra Oca foi o norte-americano John Symmes, que, além de acreditar que o nosso planeta era oco, dizia que existiam duas entradas nos polos terrestres — com quase 6.500 e quase 9.700 quilômetros de diâmetro respectivamente — para esse mundo interior. O governo dos EUA inclusive enviou uma expedição à Antártida para encontrar a tal entrada e, apesar de os exploradores não terem encontrado nenhuma abertura, eles acabaram descobrindo evidências de que aquela região do planeta não era apenas formada por uma imensa calota de gelo, mas sim que era um continente.
No século 19, a descoberta de um mamute na Sibéria serviu de evidência para a teoria, e Marshall Gardner, defensor da teoria, dizia que o animal havia se mantido tão bem preservado porque havia morrido recentemente, depois de sair pela abertura no Polo Norte e morrer congelado. Gardner acreditava que outros animais tidos como extintos também viviam livremente no interior do planeta, e que os esquimós e os mongóis eram originários de lá. A Teoria da Terra Oca também está relacionada com o surgimento de uma seita — a Sociedade Vril —, da qual vários integrantes dos altos escalões do exército nazista faziam parte. Inclusive existe a história de que Hitler teria enviado uma expedição à Antártida para explorar o mundo subterrâneo e descobrir as criaturas que viviam ali — conforme acreditavam os nazistas, elas tinham conhecimento sobre como operar naves e viajar à lua.
SUPOSTA COMPOSIÇÃO DO PLANETA TERRA
A Terra possui um "Sol" interno, três pontos onde a gravidade zero e duas enormes aberturas nos pólos que interligam a superfície interna e externa. A explicação para esses fenômenos é relativamente simples de se entender: o movimento de rotação do planeta arremessa a sua massa para longe do centro, da mesma forma que o giro de uma máquina de lavar arremessa as roupas para os lados deixando o seu centro oco. Uma comparação melhor é a de um motociclista em um "globo da morte": a rotação impede que ele caia mesmo quando está de cabeça para baixo. A única diferença é que no globo da morte o motociclista é quem está girando e não o globo.
Quando a Terra estava sendo formada, e os seus componentes estavam em estado líquido, os materiais mais pesados foram se concentrando no centro, enquanto que a rotação manteve os materiais mais leves distantes do mesmo. A medida em que o planeta foi se solidificando, criou-se um perfeito equilíbrio entre o movimento de rotação e a gravidade.
AS ABERTURAS POLARES
As aberturas nos pólos se devem ao fato de a velocidade de rotação nesses locais ser muito baixa. Sem rotação, a ação da gravidade é muito mais forte e, dessa forma, qualquer massa colocada nesses pontos seria atraída para baixo e para os lados. Terra começa a se curvar, então, para formar as enormes aberturas polares que medem aproximadamente 2.000 Km.
Se houvesse apenas a rotação da Terra em torno do seu eixo, as aberturas se localizariam a 90 graus, exatamente nos pólos geográficos. Contudo, outros movimentos de rotação, como o da elipse em torno do Sol, fizeram com que elas se formassem 20 graus mais distante. É em função disso que os pólos geográficos e magnéticos não coincidiriam.
Os teóricos afirmam que, quando exploradores que estavam buscando o pólo Norte ou o pólo Sul chegam na latitude de 70 graus e a bússola deles apontava pra baixo. Eles pensaram que estão no pólo magnético, mas não estavam. Na verdade, as bússolas estão sob o efeito do anel magnético que cerca as entradas polares,
A curvatura da terra seria muito mais acentuada nas entradas polares. Mas, apesar disso, não seria perceptível para quem estivesse caminhando ou mesmo sobrevoando sobre ela devido a sua enorme extensão.
AS DUAS SUPERFÍCIES DO PLANETA
Outro aspecto surpreendente do fato de a Terra ser oca é que ela possui duas superfícies (ou três se considerarmos a do Sol interno): a interna e a externa, que são basicamente interligadas pelas aberturas polares. Ambas com atmosfera, oceanos, continentes, florestas, rios, lagos, uma fonte direta de luz e calor (direta porque a luz, o calor e outras emanações vindas da estrela que chamamos de Sol influenciam a superfície interna e vice-versa), enfim, com todo um ecossistema próprio.
Apesar de serem interligadas e semelhantes até certo ponto, possuem diferenças marcantes como:
1)"Atração" gravitacional menor na superfície interna - o que, entre outras coisas, permite um crescimento maior das plantas e dos animais;
2) Posição do Sol interno sempre as doze horas - o que significa que não há noite no intra-mundo;
3) Estágio evolucionário mais avançado na superfície interna - isso se deve, além de outras razões, ao fato do intra-mundo estar mais protegido contra eventos cataclísmicos (como a queda de um grande meteoro por exemplo) do que o mundo externo. Estando mais protegido, o ecossistema interno evoluiu um pouco mais lentamente, porém, de forma contínua. Quando a superfície externa estava passando por um dos muitos eventos que provocavam grande extinções, parte do seu ecossistema migrava para a superfície interna e era forçado a se adaptar para sobreviver (essa migração era muito mais fácil antes do congelamento dos pólos, época em que havia uma maior integração entre as superfícies). No final das contas, o intra-mundo sempre ficava com o melhor das duas superfícies e, após a cessação desses grandes eventos, ajudava a repovoar a nossa superfície. Isso contribuiu ainda mais para aumentar a diferença entre os dois mundos. Agora, parece ser bastante lógico propor a existência de uma civilização mais avançada no interior do planeta, tanto tecnologicamente quanto espiritualmente, já que um ecossistema tão harmonioso teoricamente estimularia a convivência pacífica.













